Diagnóstico e a E.O.C.A
Por: Daniela Vasconcellos
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Todo diagnóstico psicopedagógico é uma investigação, ou seja, é a busca do esclarecimento de uma queixa do próprio sujeito, da família e na maioria das vezes da escola. O objetivo desta é entender a forma que este sujeito aprende (e o que pode estar acontecendo para que o processo de aprendizagem esteja demonstrando falhas) percebendo o sujeito de forma única e pessoal, tentando assim conhecê-lo em relação à sua vida biológica e intrapsíquica. Na fase diagnóstica deveremos, sempre alimentar a prática com a teoria, permitindo, assim, que hipóteses provisórias sejam sempre levantadas.
O primeiro movimento interno da família se dá quando esta faz o primeiro contato telefônico. Portanto, para que a continuidade da avaliação psicopedagógica não tenha resistência, o profissional tem que ter muito cuidado com o paciente e sua família neste primeiro contato. Este contato se dá de diferentes maneiras (por telefone, via secretária, etc..), mas já pode conter muita carga emocional. Personalizar esta primeira aproximação é a melhor maneira de tentar diminuir os obstáculos/ resistências por parte da família. Neste contato, já temos que saber sobre o nome, idade, escolaridade, escola, quem solicitou a avaliação e por que razão o fez, quem indicou o profissional e se já esteve com outros, com quem vive e o que sabe sobre a avaliação. Considerar a grande carga de ansiedade posta pelos pais neste primeiro momento, é um movimento que poderá vir a se definir pró ou contra a avaliação.
Ainda nesse primeiro momento, a queixa é apresentada e deve ser sempre escutada ao longo das diferentes sessões diagnósticas, buscando refletir-se sobre o seu significado.
O sintoma apresentado inicialmente, pode perder a importância no decorrer das outras sessões, permitindo que outros motivos latentes aflorem. O sintoma é um