Diagnóstico: Uma questão inquietante
No texto diagnóstico uma questão inquietante da autora Denise Costa Hausen, é abordado que na psicologia a ideia de diagnóstico, segue o viés classificação do sujeito em processo de avaliação, baseando-se na sua sintomatologia, o que leva o sujeito em questão a ser inserido numa nomenclatura, seguir uma prescrição e uma terapêutica, isso de acordo com a concepção de linear do DIAGNOSTIKOS (hábil em discriminar, discernir), originário do grego.
Um diagnóstico é elaborado a partir de vários métodos, como escuta, anamnese, investigação das funções mentais e do corpo, exames e de acordo com que o indivíduo refere, pode-se utilizar outras técnicas.
A ideia de diagnóstico como classificação de alguma doença, não pode ser definitiva, pois desta forma, se perde a qualidade de orientar o indivíduo que recebe sua diagnose.
Para a psicanálise, o diagnóstico é feito através da escuta da palavra e a partir disto, serão pensadas e trabalhadas as questões que podem ser mudadas no decorrer do processo. Na construção do diagnóstico, a psicanálise teve papel relevante no sentido de associar o diagnóstico a busca e descrição de comportamentos, o que originou os mecanismos de defesa que casaram com determinadas formas de agir e de funcionamento psíquico.
Embora o diagnóstico tenha sido forjado como uma versão do modelo médico, este permaneceu motivado pelo seu uso na prática terapêutica, precisando esta ser repensada, o que abriu novas possibilidades de diferenciar, conhecer e compreender.
De certa forma a questão inquietante surgiu a partir do estabelecimento das nosologias que se dá com a nomeação de características, de traços, e de comportamentos.
É fato que ao nomear, as palavras passam a expressar ideias e a vincular conceitos, por isso é preciso dar ênfase ao diagnóstico no sentido de sua multiplicidade como diz a autora do texto: esvaziar a palavra diagnóstico do significado herdado da sua lógica linear, aliar diagnóstico como