Diabetes
A Diabetes mellitus (DM) pode ser caracterizada por uma deficiência relativa ou absoluta da secreção de insulina pelas células beta (β), podendo ser de origem pancreática ou não pancreática (DUNN, 2001). DM é uma doença cuja incidência vem crescendo muito na clínica de pequenos animais nas últimas décadas, principalmente na população canina, sendo a endocrinopatia mais comum nestes animais, podendo ser fatal se não diagnosticada a tempo e tratada adequadamente (NELSON; COUTO, 2006).
De acordo com as alterações patogênicas que acometem as células β, a doença é classificada em DM Tipo I, DM Tipo II ou DM Tipo III segundo os mesmos critérios de caracterização em humanos. O Tipo I caracteriza-se pela destruição ou perda dessas células, enquanto o Tipo II ocorre pela resistência insulínica e por células β disfuncionais (ETTINGER; FELDMAN, 2004). A Diabetes mellitus Tipo I,
anteriormente chamada dependente da insulina, é mais comum em cães enquanto que o aparecimento da diabetes Tipo II, anteriormente denominada não-dependente da insulina, embora raro, parece ser a forma mais comum em gatos (RAND et al., 2004).
Nichols (1992) refere-se ainda à DM tipo III, na qual os cães apresentam concentração sangüínea de glicose discretamente elevada e concentração basal de insulina praticamente normal. Nesta condição, os animais respondem
satisfatoriamente ao teste de tolerância à glicose, semelhante aos humanos. A DM Tipo III é endocrinamente induzida pelo aumento nas concentrações de hormônios como glicocorticóides, adrenalina, glucagon ou hormônio do crescimento devido à excessiva secreção ou deficiente degradação dos mesmos (FARIA, 2007).
Existem algumas possíveis causas da diabetes mellitus em cães, destacando-se: fatores genéticos e ambientais, obesidade, insulite imunomediada, utilização de
11
determinados fármacos e outras causas de hiperglicemia a exemplo de pancreatite (NELSON; COUTO, 2006). A incidência varia de 1:100, acometendo com