Diabetes e Hipertensão
O diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica que cursa com aumento dos valores de glicemia plasmática devido a ausência, deficiência e/ou resistência à ação do hormônio sintetizado pelas células betapancreáticas, a insulina. No DM tipo 1, a hiperglicemia é resultado da deficiência na secreção de insulina, que progride para ausência absoluta deste hormônio. No DM tipo 2, a hiperglicemia ocorre tanto por resistência à ação da insulina como por deficiência na secreção deste hormônio. A insulina é um hormônio anabólico que está envolvido no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos.
O DM INFLUENCIA O ESTADO NUTRICIONAL E O METABOLISMO?
A incapacidade do organismo de utilizar a glicose como fonte energética preferencial, por ausência da insulina, leva a catabolismo orgânico intenso, com quebra de proteínas e de gorduras para utilização como fonte energética. Esta alteração metabólica cursa frequentemente com perda de peso e comprometimento do estado nutricional e, pode culminar em quadro de hiperglicemia grave, cetose e coma.
Já a resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina provoca estado de hiperinsulinismo, aumento do glucagon com estímulo à proteólise e à lipólise, tendo como consequência, também, a hiperglicemia. Entretanto, a cetose raramente é encontrada e o estado nutricional está mantido ou na faixa de sobrepeso e obesidade
A falta de controle clínico do paciente com DM leva a alterações da homeostase metabólica, podendo ocorrer aumento das necessidades de calorias e proteínas induzido pelo catabolismo. Ademais, modificações na medicação ou a supressão do apetite podem levar à descompensação da doença.
A hiperglicemia pode levar ao comprometimento do sistema imunológico e risco aumentado para infecções, com incremento da morbidade e mortalidade destes pacientes.
As recomendações de consumo para idosos, adultos, gestantes e lactantes, adolescentes e crianças com DM1 ou DM2 são similares às para a população em geral.