Diabetes Mellitus Gestacional
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de
Revisão
Revisão
Revisao
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TRATAMENTO DO DIABETES MELITO GESTACIONAL
TRATAMENTO
MELITO GESTACIONAL
CARLOS A LBERTO MAGANHA *, DIANA GERTRUDES B ARENBOIM SALLES V ANNI,
M ARIA A UGUSTA B ERNARDINI, MARCELO Z UGAIB
Trabalho realizado no Setor de Endocrinopatias da Clínica Obstétrica do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP.
RESUMO – Neste artigo, os autores analisam os mais recentes avanços no tratamento do diabetes gestacional, enfatizando pontos importantes na abordagem terapêutica: dieta, exercícios, controle glicêmico, utilização da insulina, assim como a utilização de hipoglicemiantes orais. O artigo traz propostas atuais para o trata-
INTRODUÇÃO
O diabetes melito gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose de graus variáveis com início ou primeiro diagnóstico durante o segundo ou terceiro trimestres da gestação1. A reclassificação, entretanto, pode ser feita após o parto, utilizando critérios padronizados para a população não-gestante.
Sua incidência é variável, sendo estimada em 3% a 8% das gestantes 2,3.
A gestação é um estado hiperinsulinêmico caracterizado por uma diminuição da sensibilidade à insulina, parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário. Os níveis glicêmicos de jejum tendem a ser mais baixos na gestante, contudo, os valores pós-prandiais são mais altos, sobretudo naquelas em que não há aumento adequado da liberação de insulina.
As pacientes com DMG apresentam uma diminuição ainda mais acentuada da sensibilidade periférica à insulina, como no diabetes tipo 2, além de uma secreção diminuída de insulina, explicando os picos pós-prandiais. Entretanto, a fisiopatologia do DMG não está totalmente elucidada. Se todas as gestantes fossem resistentes à insulina, a incidência do DMG seria superior aos níveis