Diabetes mellitus em cães e gatos
O Diabete Mellitus é uma desordem hormonal caracterizada pela secreção insuficiente ou ausente de insulina pelo pâncreas endócrino, causando um estado de hiperglicemia (>130 mg/dl), ou ainda por defeitos nos receptores de insulina bem como pela falta das enzimas envolvidas neste processo da entrada de insulina na célula (LORENZ, 1996; NELSON, 2010).
A diabetes mellitus é uma doença relativamente comum e aparece mais frequentemente em cães de 4 a 14 anos e em gatos com idade superior a 6 anos. (NELSON, 2010)
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 ETIOLOGIA
A causa do diabetes mellitus é multifatorial: predisposição genética, infeções associadas, a ação de determinados medicamentos, disfunção pancreática, obesidade e, inclusive, a fase de cio nas cadelas não castradas (por interferência hormonal) (TEVES, 2012).
Existem dois tipos de diabetes mellitus em cães e gatos: a dependente e a não dependente de insulina, sendo a primeira mais comum em cães e a segunda mais comum em gatos (NELSON, 2010).
A tipo I, ou diabetes mellitus dependente de insulina, caracteriza-se pela ausência de aumento dos níveis de insulina mesmo após a administração de estimuladores da secreção de insulina, falha no estabelecimento do controle da glicemia em resposta a dietas ou tratamentos com drogas hipoglicemiantes e pela necessidade absoluta de insulina exógena para manutenção de um controle da glicemia. A maior parte dos cães diabéticos apresenta-se com este tipo de diabetes (NELSON, 2010).
A tipo II, ou diabetes mellitus não dependente de insulina, mais comum em gatos. Caracteriza-se pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina que é produzida - a chamada resistência à insulina. (NELSON, 2010)
2.2 SINAIS CLÍNICOS
Os sinais clínicos clássicos incluem o aumento da ingestão de água e consequentemente o aumento da micção e o emagrecimento progressivo apesar do animal ter muito apetite (TEVES,