Di Cavalcanti Di Cavalcanti nasceu como Emiliano Augusto de Albuquerque e Melo, no Rio de Janeiro na casa do famoso abolicionista e republicano José do Patrocínio, que na época era casado com sua tia, Maria Henriqueta, no dia 6 de setembro de 1897, filho de Frederico Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo e de Rosália de Sena. Seus pais eram pobres, mas bem relacionados, e por volta dos seus 11 anos de idade, começou a estudar com o pintor Gaspar Puga Garcia. Em 1914, seu pai morre e a situação financeira fica ainda pior, assim o jovem Di Cavalcanti passa a trabalhar na revista Fon Fon fazendo ilustrações e caricaturas. Dois anos mais tarde participa do I salão dos humoristas, organizado por Luiz Peixoto e Olegário Mariano no Rio de Janeiro. Ainda em 1916, Di Cavalcanti matricula-se na Escola livre de Direito e depois vem para São Paulo trazendo consigo uma carta de apresentação do poeta Olavo Bilac para o jornalista Nestor Rangel Pestana, que na época era um crítico de arte, e assim consegue o emprego de arquivista no jornal O Estado de São Paulo. Depois entra para a faculdade de Direito do Largo São Francisco, no coração paulista, mas não chega a terminar o curso preferindo, sobretudo freqüentar, as redações dos jornais, os cafés boêmios, as livrarias e naturalmente as pensões das mulheres. Começa as suas primeiras participações e á mostrar os seus primeiros trabalhos no III salão dos coadjuvantes e em 1917, consegue fazer a sua primeira exposição individual na redação de A Cigarra. Depois continua a desenvolver as suas pinturas e paralelamente ilustra livros de Manuel Bandeira, a obra “Carnaval” e também o livro “Balada do Cárcere de Reading” do escritor Oscar Wilde. Em 1918, passou a estudar com o pintor impressionista Georg Fischer Elpons, onde sua pintura passou a ter uma característica mais amadurecida e nitidamente profissional. Com o objetivo de discutir a identidade nacional, compreender a cultura brasileira e os rumos das artes, artistas e