Di Cavalcanti
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, nasce no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897. Sobrinho de José do Patrocínio, pertencia a uma família de poucos recursos, mas bem relacionada. Em 1916, Di Cavalcanti muda-se para São Paulo, onde cursa a faculdade de Direito. Em paralelo aos estudos, pinta e realiza exposições individuais.
Na capital paulista, produz imagens para revistas como “Fon-Fon!” e “O Pirralho”, além de ilustrar o livro “Carnaval” de Manuel Bandeira. Em 1922, é um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo. Di Cavalcanti viaja para a Europa em 1923, para estudar pintura, e retorna ao Brasil dois anos depois.
Avesso a pintura abstrata, Di Cavalcanti é influenciado pelas vanguardas históricas do início do século XX, especialmente o fauvismo e o cubismo. Pinta temáticas brasileiras e populares, procurando definir em sua pintura uma identidade nacional. Não raro, sua obra volta-se para a reflexão social. Figura política bastante atuante e pertencente ao Partido Comunista desde 1926, o artista acreditava em uma pintura humana e engajada.
A partir da década de 1940, Di Cavalcanti é reconhecido como um dos maiores pintores brasileiros do século XX. Após receber diversas honrarias pública – incluindo uma mostra retrospectiva de sua obra no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1971 -, Di Cavalcantimorre no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1976.
Di Cavalcanti | Obras
Samba, 1925:
Di Cavalcanti pinta temas genuinamente brasileiros, o cotidiano da sociedade de sua época. Embora tenha residido em São Paulo por diversas vezes, era apaixonado pela vida boêmia do Rio de Janeiro. Assim, pintava cenas do carnaval, bares noturnos, prostíbulos e festas populares.
Cinco Moças de Guaratinguetá, 1930:
Neste quadro de fortes contrastes cromáticos e influência cubista, Di Cavalcanti revela o seu apreço pelo desenho e o cuidado conferido