Deu ruim: o casamento de Maria Antonieta
Em novembro de 1768, o abade de Vermond partiu para Viena, como tutor de Antônia. A arquiduquesa, embora bela e inteligente, também era descrita como preguiçosa e indisciplinada e não tinha o conhecimento necessário para desempenhar o papel de rainha.15 O abade submeteu Antônia a um programa educacional projetado especialmente para ela, onde substituiu o estudo de livros por longas palestras que versavam sobre história, religião e literatura francesa. O programa obteve bons resultados e o tutor ficou encantado com os progressos de Antônia.nota 3
Em 13 de junho de 1769 o noivado foi oficialmente anunciado. Os detalhes para o matrimônio foram meticulosamente preparados durante e Antônia teve seu dote fixado em 200 mil coroas (com igual valor em joias).16 Nos poucos meses que antecederam o casamento, Maria Teresa tentou recuperar a relação com a filha, dividindo seus aposentos com ela nas últimas noites antes da partida para a França.17 Em 19 de abril de 1770 foi celebrado o casamento por procuração. A partir desse momento Antônia foi oficialmente chamada de "Marie Antoinette, Dauphine de France".
Em 21 de abril de 1770, seguida por um suntuoso cortejo de cinquenta e sete carruagens, Maria Antonieta deixou Viena permanentemente. Embora devesse esquecer suas origens austríacas e tornar-se uma francesa de corpo e alma, como se esperava de toda rainha consorte de França, a jovem delfina preferiu seguir as instruções de sua mãe, que lhe ordenou no momento da despedida: "Continue sendo uma boa alemã".18 A imperatriz continuaria a intimidar sua filha nas cartas mensais expedidas para Versalhes, onde lembrava a fidelidade que a jovem devia à Casa