Detroit
Cidade tem o mais alto índice de criminalidade do país.
Dezenas de quarteirões do lugar estão abandonados e destruídos.
Exemplo de cidade devastada pela crise financeira de 2008, Detroit, nos Estados Unidos, anunciou oficialmente que está quebrada e pediu concordata.
Detroit é o berço da indústria automobilística, onde Henry Ford abriu a primeira fábrica de carros em 1903. A cidade é também um dos principais centros da cultura negra, da gravadora de soul music Motown, uma usina de sucessos como Diana Ross e os Jackson 5.
Hoje, depois da crise econômica, Detroit é uma sombra do que foi no passado. Tem o mais alto índice de criminalidade do país. A classe média se mudou para os subúrbios e o centro foi abandonado. Há dezenas de quarteirões incendiados, destruídos e vazios. Parece uma cena de guerra no coração de uma das maiores cidades dos Estados Unidos. Quarenta por cento dos moradores vivem abaixo da linha de pobreza. A indústria de automóvel se recuperou, mas não foi o suficiente.
A devastação na cidade é total. No lugar, só se vê mendigos na rua. Quase metade dos sinais de trânsito parou de funcionar há muito tempo. Não surpreende que nesta quinta-feira (18), finalmente, Detroit tenha declarado falência.
A prefeitura entrou na Justiça com pedido de concordata por não ter como pagar dívidas que chegam a US$ 20 bilhões. A medida não tem precedente. Apesar de não ser surpresa, havia um clima de esperança. No ano passado, o comercial de uma montadora, estrelado por Clint Eastwood, trazia esse sentimento. No filme, o ator faz um discurso sobre a recuperação de Detroit. O vídeo foi um sucesso, mas a história terminou diferente. Agora, com a dívida reestruturada, terá a chance de dar a volta por cima.