determinismo no naturalismo
O determinismo é muito acentuado na obra “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo, analisa o homem como um produto da hereditariedade e do meio que vive. Construída extremamente relacionada aos fatores externos, sem interesse em descrever o psicológico dos personagens, a intenção é mostrar como o homem age sobro o meio e vice-versa.
O romance é de caráter documental como crítica social, representando as relações entre o elemento português, que explora o Brasil em seu anseio de enriquecer, e o elemento brasileiro, apresentado como inferior e muito explorado pelo português. Aluísio notou que as coletividades, apesar de divergirem, são ligadas por um estranho sentimento de classe que as une, nos momentos mais críticos, quando são esquecidos os ódios e as divergências. O ambiente degradado gera seres degradados, a imundície do cenário se transfere para as almas humanas.
Outro exemplo do determinismo é a obra “O Bom Crioulo” de Adolfo Caminha, que defende a tese determinista. Os personagens não são livres para seguir condições diferentes daquelas em que estão. Quer criticar a sociedade da sua época, a qual considerava hipócrita.
Na obra o determinismo é crucial na criação dos caracteres enfraquecidos e perversos, com sentido sexual, falta de trava moral, insanidade mental e degradação humana, com resposta instintiva aos fatos. Nas personagens percebe-se que suas decisões foram moldadas pelas situações pelas quais passaram, sejam os locais em que viveu ou os meios em que conviveu. Passam por momentos e tomam decisões que determinam o seu fim, sempre de maneira natural e imperceptível.
O romance focaliza o problema