Determinismo biológico e geográfico
Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Segundo Felix Keesing, “não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado”. Exemplificando, se pegarmos uma criança sueca, logo após seu nascimento, e a trouxermos para o Brasil para ser criada por uma família sertaneja, ela crescerá como tal e não se diferenciará mentalmente em nada de seus irmãos de criação.
Outra questão a ser debatida pelos antropólogos é a da diferença do comportamento entre seres do sexo masculino e feminino. A antropologia tem demonstrado que muitas atividades atribuídas as mulheres em uma cultura podem ser atribuídas aos homens em outra.
A verificação de qualquer sistema de divisão sexual do trabalho mostra que ele é determinado culturalmente e não em função de uma racionalidade biológica. Por exemplo, nossos índios Tupi mostram que o marido pode ser o protagonista mais importante do parto. É ele que se recolhe a rede , e não a mulher, e faz o resgurado considerado importante para a sua saúde e a do recém-nascido.
Resumindo, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação.
2. DETERMINISMO GEOGRÁFICO
Considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural.
As teorias baseadas no determinismo geográfico forma desenvolvidas proncipalment por geógrafos no final do século XIX e no inicio do século XX, como Huntington, em seu livro Civilization and Climate (1915), no qual formula uma relação entre a latitude e os centros de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso.
A partir de 1920, antropólogos como Boas, Wissler, Kroeber, entre outros, refutaram este