Determinismos biológico e geográfico

FACULDADE DE LETRAS DA UERJ
Aluno: BENJAMIN ZELIQ FAUL
Os Determinismos Biológico e Geográfico
De há muito se criam conceitos e se buscam evidências capazes de explicar o complexo fenômeno humano: as diferenças de comportamento, de crenças, de práticas, de hábitos, as distinções morais, as preferencias, os hábitos.
Nesse sentido, construíram-se duas teorias, frustradas, que tentam responder de modo simplista a um questionamento tão complexo: o Determinismo Biológico e o Determinismo Geográfico.
De acordo com o Determinismo Biológico, as diferenças culturais seriam explicáveis a partir de traços genéticos que diferenciariam os povos. Os estereótipos de cada povo seriam determinados pelo sangue, ou seja, separados por “raças”. A partir desse tipo de raciocínio, cria-se uma série de caricaturas, tais como: os judeus e os árabes nascem para negociar; os alemães são bons de cálculo; os norteamericanos são todos empreendedores etc.
Esse conceito se mostra absolutamente equivocado. Não existem diferenças genéticas suficientes entre os grupos humanos para permitir separar ou juntar os seres humanos em “raças”. As diferenças visualizadas entre populações de diferentes continentes são muito pequenas e superficiais, não se refletindo no genoma (constituição genética total de uma pessoa). Em outras palavras, há apenas uma raça de Homo sapiens: a raça humana.
A defesa absurda do Determinismo Biológico serve apenas para corroborar desigualdades entre os homens com base em um argumento pretensamente científico.
Por sua vez, o Determinismo Geográfico sustenta que as diferenças de ambiente físico condicionam totalmente a diversidade cultural. Ou seja, segundo essa postura, os homens são diferentes, pois habitam áreas geográficas diferentes: umas mais frias, outras mais quentes, umas mais próximas ao mar, outras altas etc. Para os adeptos dessa ideia, o meio físico condiciona totalmente o comportamento do homem.
Assim, acreditam, por exemplo, que pessoas que