Determinação de cloretos em AREIA
1. INTRODUÇÃO
Pequenos teores de cloretos podem ser responsáveis por grande intensidade de corrosão, atuando como catalisadores das reações eletroquímicas. Devido ao pequeno raio iônico, podem deslocar-se com grande facilidade entre os poros do concreto dinamizando as células de corrosão eletroquímica. É usual na maioria das vezes por desconhecimento dos técnicos, a incorporação de agentes agressivos durante a própria preparação do concreto. Por outro lado, também podem se adicionadas involuntariamente a partir de paredes e pisos e finalmente pela areia de má qualidade Concentrações superiores a 700 mg/L (700 ppm) podem causar sérios problemas de corrosão. O trabalho tem por objetivo determinar o teor de cloretos em areia através da técnica de volumetria de complexação e precipitação, para verificar se a amostra a ser analisada tem os mesmos parâmetros que a norma 9917/0209 determina.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Volumetria de Complexação
A volumetria de complexação, tal como as outras volumetrias, baseia-se na existência de uma reação química com uma constante de equilíbrio muito elevada. No caso da volumetria de complexação, o titulante adequado é aquele que forma complexos quelatos com o íon metálico (complexos polidentados), eliminando a formação sucessiva de complexos intermediários, acrescendo ainda o fato da constante de estabilidade dos complexos quelatos ser superior à dos complexos monodentados. Uma reação de complexação com um íon metálico envolve a substituição de uma ou mais moléculas de solvente, coordenadas por outros grupos coordenantes. Os grupos ligados ao íon central são chamados ligantes. Um dos métodos que permite a determinação de íons metálicos, como o cálcio, Ca+2, e o magnésio, Mg+2, é a titulação com reagentes complexantes com estes íons. Esses reagentes que apresentam os grupos coordenantes ou ligantes são normalmente moléculas orgânicas. Um dos ligandos mais usados nestas