DETERMINAÇÃO DA RESPOSTA DE TABULEIROS DE PONTES SOB AÇÃO DE VENTO
1. Introdução
O conhecimento do comportamento relativo à ação do vento em estruturas de pontes suspensas e estaiadas tem sido objeto de estudo de pesquisadores há décadas, com intuito de fornecer a engenheiros e projetistas parâmetros confiáveis para elaboração de projetos de pontes flexíveis. O desenvolvimento de procedimentos para determinação dos deslocamentos translacionais e rotacionais de estruturas de pontes submetidas a ações de ventos se impõe de maneira fundamental para investigação aprofundada dos fenômenos aerodinâmicos e aeroelásticos de corpos imersos em fluidos em movimento.
O objetivo deste trabalho é a apresentação de um procedimento numérico para solução das equações fundamentadas na teoria de placas planas finas proposta por Theodorsen [1] em 1935 e desenvolvida por Scanlan e Tomko [2] em 1971 para identificação de deslocamentos ao longo do tempo em tabuleiros de pontes.
2. Interação Fluido-Estrutura
As estruturas de pontes são projetadas para suportar carregamentos estáticos e dinâmicos. No âmbito dos esforços dinâmicos, podemos classificá-los como: instabilidade dinâmica por drapejamento e por galope; excitação por desprendimento de vórtices; resposta devida a rajadas de vento (martelamento) [3].
O drapejamento é um fenômeno de instabilidade dinâmica caracterizado por oscilações divergentes, cujo caso clássico (drapejamento acoplado) apresenta interação entre um modo de torção e um modo de flexão, ou seja, dois graus de liberdade (2 GDL) [3].
3. Abordagem Teórica para Placas Planas
Para aplicação da teoria proposta por Theodorsen [1] são admitidos os seguintes pressupostos básicos [3]: Aerofólios idealizados como placas planas bidimensionais com espessura infinitesimal e ângulo de ataque zero; apenas dois graus de liberdade (deslocamento vertical e torsional) são considerados; a placa plana deve submeter-se a oscilações muito pequenas, de modo que as equações