Determinação da potência e capacidade aeróbia em jogadores de futebol: implicações práticas para o treinamento
Marcelo Figueiró Baldi (UFSC); Leandro Teixeira Floriano (UFSC); Paulo César do Nascimento (UFSC); Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo (UFSC). marcelo_baldi@hotmail.com RESUMO
Objetivo: determinar a capacidade e potência aeróbia em jogadores universitários de futebol. Métodos: Vinte e seis jogadores universitários de futebol (idade: 22,5 ± 3,6 anos; estatura: 177,5 ± 6,3 cm; massa corporal: 72 ± 8,3 kg; %G: 10,8 ± 2,0%) foram submetidos à antropometria e teste incremental máximo em esteira rolante para a identificação das variáveis de potência aeróbia: a) consumo máximo de oxigênio (VO2max), b) menor velocidade associada ao VO2max (vVO2max), e c) frequência cardíaca máxima (FCmax); e capacidade aeróbia: d) velocidade associada ao limiar de acúmulo de lactato sanguíneo (vOBLA), e) consumo de oxigênio na vOBLA (VO2vOBLA) e f) frequência cardíaca na vOBLA (FCOBLA). Para a apresentação dos resultados, foi empregada a análise descritiva (média, desvio-padrão). Resultados: os valores médios de potência e capacidade aeróbia encontrados são semelhantes aos estudos avaliando jogadores amadores e/ou universitários e inferiores aos encontrados em atletas profissionais e de elite. Conclusão: Os dados encontrados servem como parâmetros práticos para a prescrição, monitoramento e avaliação dos efeitos do treinamento.
Palavras chave: Potência aeróbia. Capacidade aeróbia. Futebol.
INTRODUÇÃO
Diversos estudos têm sugerido que uma elevada aptidão aeróbia (potência e capacidade aeróbia) é um pré-requisito para o sucesso competitivo (TOMLIN; WENGER, 2001; RAMPININI et al., 2007; MECKEL et al., 2009), e que a performance aeróbia entre as equipes internacionais de elite tem aumentado (WISLOFF, 1998; CASAJÚS, 2001; STOLEN et al, 2005). De forma geral, a base empírica para esta afirmação está na constatação da relação entre a aptidão aeróbia e a distância