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O recorte temporal foi escolhido devido ao auge do regime nazista nos anos em questão. Como diz Hannah Arendt, no começo de um regime totalitário, necessita-se da propaganda para divulgar ao público externo o partido e seus princípios, depois que a massa já está consciente do movimento, extingue-se a necessidade da propaganda.
A bibliografia utilizada foi o livro O triunfo da vontade, de Alcir Lenharo, juntamente com o Origens do totalitarismo da Hannah Arendt, do qual foram extraídos os trechos abaixo, que bem ilustram o uso da propaganda pelos regimes totalitários.
(P.394) Contudo, o que caracteriza a propaganda totalitária é o uso de insinuações indiretas, veladas e ameaçadoras contra todos os que não derem ouvidos aos seus ensinamentos. Além da forte ênfase que a propaganda totalitária dá a natureza “cientifica” das suas afirmações. O cientificismo da propaganda totalitária é caracterizado por sua insistência quase exclusiva na profecia “cientifica”, em contraposição com o apelo ao passado, já tão fora de moda.
(P.395) A propaganda totalitária aperfeiçoou o cientificismo ideológico e a técnica de afirmações proféticas a um ponto de eficiência metódica e absurdo de conteúdo porque a melhor maneira de evitar de evitar discussão é tornar o argumento independente de verificação no presente e afirmar que só o futuro lhes revelará os méritos. Contudo, não foram ideologias totalitárias que inventaram esse método e não foram elas as únicas a emprega-lo. O cientificismo da propaganda de massa tem sido empregado de modo universal na política moderna, o totalitarismo parece ser apenas o último estágio.
(P.398) A principal qualificação de um líder de massas é a sua infinita infalibilidade; jamais pode admitir que errou. Uma vez