Despertar Do Silesio

Em seu livro, Despertar do Silêncio, Shirley Vilhalva conta ao leitor as suas primeiras lembranças, dificuldades por ser surda nascida em família ouvinte, as situações que teve que enfrentar e tudo que conseguiu conquistar.
No primeiro capítulo intitulado Foi assim que começou, Shirley conta quais são suas primeiras lembranças. Estas são um pouco confusas.
A autora descreve como era a primeira casa onde morou, conta, por exemplo, como não sabia o significado de algumas coisas e aos poucos foi conseguindo entender que significavam, como mãe, pai, irmão e quem eram estes.
No capítulo seguinte, Imagens Vivas, Shirley inicia com a lembrança de ter ido ao médico, descrevendo o lugar como uma casa diferente com pessoas vestidas de branco, e não entende o porquê de ter ido lá com os seus pais. A próxima lembrança é der ter ido morar na casa de Julia, sua avó materna, e de seu tio Nildo. Conta alguns acontecimentos como, por exemplo, o fato de ter se passado um tempo, sua mãe voltar, não saber quem era a mulher e sua frustração por não conseguir expressar seus sentimentos; o fato da família falar mais com o papagaio do que com ela a chateava; que com o tempo aprendeu que as coisas e as pessoas têm um nome; e que pensava falar como os ouvintes, mas na verdade eles não a entendiam.
A autora conta, ainda, que ela memorizava tudo, guardava pelo o que ela observava e isso levava um tempo maior do que o dos ouvintes para que ela entendesse as coisas, sentia a necessidade de que tudo fosse explicado pra ela, até as coisas mais simples e, devido ao fato de não conseguir se tornava difícil.
Shirley Vilhalva conta que sua mãe Albina sempre foi uma pessoa muito importante em casa, era ela que trabalhava fora, saía de madrugada e voltava à noite, quando tinha oportunidade contava que seu serviço era muito longe e levava horas para chegar no local. Quando estava em casa procurava estar sempre ocupada ou lendo, uma pessoa de pouca conversa e que juntamente com sua avó Júlia criou