Desnutrição proteica
“No transcorrer do crescimento animal (fases pré e pós- natal), os níveis de RNA, DNA e proteínas variam de acordo com os diferentes órgãos, nas diversas etapas do seu desenvolvimento. A restrição alimentar durante o desenvolvimento do animal pode provocar efeitos irreversíveis, dependendo do período e do órgão em desenvolvimento. Se esta restrição se der durante a multiplicação celular, os animais não alcançarão níveis normais no peso de alguns órgãos, mesmo após a recuperação nutricional, devido ao decréscimo no número de células” (Rabelo, 1997).
Nos estados carências, sobretudo crônicos, a ausência de determinados substratos repercutem sobre o equilíbrio dinâmico normal, demonstrando com isso, uma hierarquia bioquímica que é imperceptível quando o organismo se mantém em homeostase. Dentro dessa hierarquia, destacam-se as proteínas, devido à sua importante participação nas estruturas de órgãos e tecidos, de sua atuação na síntese enzimática e na síntese de hormônios protéicos, estando, portanto, presente na quase totalidade das reações metabólicas.
Durante a gestação, a disponibilidade protéica representa um fator crítico à boa saúde e à sobrevivência fetais. Os aminoácidos provenientes da dieta são, em parte, direcionados à síntese protéica fetal e em situações de privação alimentar crônica, ocorre uma mobilização das proteínas maternas com o objetivo