Desmatamento de rodovias
Introdução
Estradas são os principais vetores de ocupação da Amazônia. Dois tipos de estradas Pré-dominam na região: estradas oficiais e não-oficiais. As primeiras conectam a região Norte ao resto do Brasil e foram construídas principalmente pelo governo federal na década de 70.
2. Desenvolvimento
As estradas não-oficiais, possuem abrangência local e não aparecem nos mapas oficiais do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (DNIT) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em geral essas estradas foram construídas pela iniciativa privada, sem incentivos governamentais, para facilitar a exploração e o acesso aos recursos naturais e terras da Amazônia.
É possível mapear e monitorar as estradas não-oficiais com imagens do satélite. Estradas não-oficiais foram mapeadas na região do Centro-
Oeste do Estado do Pará, e ao longo das rodovias BR-230 e BR-163. As informações geradas no mapeamento das estradas não-oficiais são úteis para avaliar a pressão antrópica na
Amazônia, identificar áreas prioritárias para fiscalização e ordenamento fundiário, bem como, para modelagens de alcance econômico de atividades produtivas e de risco de desmatamento.
As estradas representam um grande dilema: ajudam a reduzir o isolamento dos habitantes das áreas rurais e a melhorar sua qualidade de vida, mas geram impactos ambientais. Diversos estudos apontam para uma forte relação entre as estradas oficiais com o desmatamento da Amazônia . Contudo, ainda é pouco conhecido o impacto das estradas não oficiais no desmatamento. O estudo foi conduzido em uma área de 3,92 milhões de km² na porção brasileira do Bioma Amazônia. Esta região representa 78% da Amazônia Legal (área de 5 milhões de km²) e abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima eRondônia. Até 2005 mais de 16 milhões de habitantes viviam na área do Bioma (IBGE,2005), principalmente no entorno das capitais estaduais e