Desindustrialização

Desindustrialização.
Daniel Dalpiva, Denis Serpa, Fábio Sousa, José Roberto Pezenti, Rodrigo Becher.

Introdução
Nos últimos tempos, uma questão normalmente restrita à academia tem despertado um interesse crescente nos gabinetes de Brasília e nas rodas de economistas, empresários e executivos: a desindustrialização. Entendida como o fim ou a redução da produção industrial de um país ou de uma região, a desindustrialização – um verbete típico do “economês”, aquela língua que só os economistas (supostamente) entendem – passou a ser tema de discursos acalorados no Congresso Nacional e até de conversas de intelectuais na mesa do bar.
O que é desindustrialização? Há algum tempo uma palavra tem aparecido com frequência nos jornais brasileiros: desindustrialização. Refere-se a uma perda de participação da indústria na produção total do país ou redução da quantidade de vagas na indústria como proporção do emprego total, resultado da valorização da moeda, favorecer importações prejudica exportações. O setor industrial realmente registra déficits, mais importações do que exportações, desde 2008. Porém de acordo com os economistas Régis Bonelli e Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, é cedo para falar em desindustrialização, segundo os pesquisadores, a redução de participação da indústria é um fenômeno mundial. Segundo Marcio Holland a desindustrialização no Brasil é um mito, um falso problema, a estabilidade de preços e o aumento da renda elevaram a demanda das classes C e D, agora consomem produtos mais sofisticados. Então a indústria vai perdendo participação em relação ao PIB, mas ainda tem seu dinamismo. Nos últimos 30 anos, a China tornou-se a maior produtora mundial de bens manufaturados e a maior exportadora mundial. Isso afetou a competitividade da indústria não só no Brasil como no resto do mundo. Todos os países tiveram que se reposicionar. A indústria brasileira também. Num mundo como o atual, não se adota um pacote de medidas, resolvendo os problemas de