Desindustrialização
A especialização dos produtores de commodities na economia atual, não justifica o processo de desindustrialização em curso no Brasil a estrutura industrial está mais concentrada na produção de bens intensivos em recursos naturais e commodities (possuem encadeamento setorial mais fraco do que a indústria). Os ganhos dessa estrutura são absorvidos por um número relativamente reduzido de agentes econômicos.
A crise da divida externa e as políticas liberais que se seguiram à estabilização dos anos 90 encerraram o crescimento industrial e criaram dificuldades para o crescimento da indústria de transformação.
Fatores que determinaram a perda de dinamismo da indústria: (fatores limitantes para a competitividade)
- câmbio valorizado = ampla mobilidade de capitais, expressivo diferencial de juros, baixa liberdade na área fiscal, importância do papel dos mercados futuros na determinação do preço dos ativos aumento da taxa de câmbio.
- Elevada carga de impostos
Políticas liberais = gerou uma valorização da taxa de câmbio real
A privatização das empresas produtoras de insumos e serviços fundamentais promoveram uma elevação da carga tributária. Essas privatizações tinham coo objetivo de curto prazo aumentar a receita do governo. Mas a eficiência dos serviços privatizados criou o aumento real de tarifas.
O Brasil encerrou os ano 90 com uma regressão da estrutura industrial, ou seja, não acompanhou o avanço e a diferenciação setorial da indústria manufatureira global e perdeu competitividade.
O Brasil está em condições de estabelecer uma macroeconomia da reindustrialização. Não se trata de concentrar os esforços na manutenção de um câmbio valorizado mas de desenvolver um conjunto de políticas voltado para o objetivo de expansão do mercado interno sem incorrer nas restrições de balanço de pagamento.
A taxa de câmbio tem que ser administrada de modo a evitar valorizações bruscas como observada nos últimos meses.
Consequências da expansão e