Desigualdades sociais no brasil
Na era Vargas (1930-1945), o Estado criou condições para o Brasil se industrializar. Criou leis trabalhistas, subsidiou a economia, investiu em infra-estrutura, além de inaugurar a indústria de base fundamental ao crescimento do país, como as siderúrgicas, a energia elétrica, etc. foram feitos também investimentos em indústrias voltadas a produção de máquinas e equipamentos.
O Brasil então estava deixando de ser um país rural para se tornar um país urbano e industrial. A política econômica do país foi eficaz em termos de crescimento, contudo não se preocupou em gerar distribuição de renda. O Brasil ficou mais rico, mas isso não significou a diminuição do número de pobres, pois contrariamente, a população do campo chegava às cidades e, por falta de oportunidades, se concentrava em favelas nas cidades, vivendo em condições muito precárias.
Nas décadas de 1950 e 1960, os problemas se tornaram evidentes e sociólogos começaram a pensar soluções para diminuir as desigualdades no Brasil. A CEPAL (Comissão Econômica para América Latina) que fora instituída pela ONU para alterar o quadro de miserabilidade e desigualdade existente no sub-continente, considerava que o crescimento econômico deveria ser combinado com políticas distributivas e reformas sociais, pois isso permitiria às populações mais pobres terem acesso a alimentação, vestuário, moradia, educação e lazer.
João Goulart que se empenhava em diminuir as desigualdades por meio de reformas de base (reforma agrária, urbana, eleitoral, tributária) a fim de melhorar as condições de vida dos pobres, não agradava as classes altas. Estas classes unidas aos militares prepararam o golpe militar ocorrido em 31 de março de 1964.
A política econômica do país voltou a ser concentracionista depois do golpe e as desigualdades aumentaram ainda mais. Na ditadura militar o Brasil passou por um