Desigualdade socioeconômica
Ecos da ecologia
Por Christina Maria Pedrazza Sêga (FAC/UnB)
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/artigo.php?id=541
Muitos poetas, escritores brasileiros e estrangeiros enalteceram a natureza, o planeta Terra, com sua flora, fauna, rios e oceanos; enfim, a tão aclamada ecologia. A exaltação ecológica, na literatura brasileira, remonta aos primeiros escritores que viveram em solo brasileiro. Muito se falava da nossa vegetação, dos animais aqui encontrados, das riquezas naturais e dos sabores da culinária nativa.
A carta de Pero Vaz de Caminha escrita ao rei de Portugal, Dom Manuel, inaugura a história da crônica jornalística no Brasil, incluindo temas ambientais. Nela, Caminha menciona a descoberta de uma terra fértil, verde, rica e bela chamada Paul Brasil. No entanto, somente a partir do evento Rio-92, também conhecido por Eco-92, que algumas faculdades brasileiras de comunicação, com habilitação em jornalismo, resolveram criar suas pós-graduações em jornalismo ambiental.
Da mesma forma que o jornalismo, a propaganda brasileira não se esqueceu do tema da ecologia. Resgatando um pouco da história, em 1567, Pero de Magalhães Gândavo esboça a primeira propaganda ecológica brasileira em seu “Tratado da Terra do Brasil”, anunciando todas as características referenciais do produto chamado “Brasil”, por meio da linguagem informativa e descritiva. Até então, não se falava em “publicidade”, apenas “propaganda”, por não haver naquela época os meios de comunicação de massa, responsáveis pela divulgação de um produto com fins lucrativos. De certa forma, Gândavo apenas sustentou o que Caminha constatou e anunciou primeiro. Será que teria nascido o primeiro plágio da propaganda brasileira?
O consagrado poeta brasileiro, Antônio Gonçalves Dias, pode ser considerado “criador da literatura ecológica”. Autor de vários poemas nacionalistas, é também precursor da poesia indianista e ao mesmo tempo romântica da