Desigualdade no trabalho O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Síntese dos Indicadores Sociais do país, que demonstra que as desigualdades entre homens e mulheres ainda predominam no mercado de trabalho. Em 2004, as trabalhadoras com até quatro anos de estudo recebiam, por hora, em média, 80,8% do rendimento dos homens com esse nível de escolaridade, diferença que aumenta quando o nível de escolaridade passa para 12 anos ou mais de estudo (elas recebiam 61,6% do rendimento-hora masculino). Mas as mulheres com maior escolaridade têm menos filhos e há menos taxa de mortalidade infantil. A distância que separava a fecundidade das mulheres menos instruídas das regiões Norte e Nordeste das que possuíam alta escolaridade do Sudeste e Sul era de mais de três filhos. Até mesmo em uma mesma região, mulheres com até três anos de estudo tinham, em média, mais que o dobro do número de filhos das mulheres com oito anos ou mais de estudo. Em relação à mortalidade infantil em 2004, a taxa entre crianças com até um ano de idade, cujas mães tinham oito anos ou mais de estudo, era de 14 por 1.000 nascidos vivos nas regiões Sudeste e Sul. Para as crianças nascidas no Nordeste, de mães com até três anos de estudo, a taxa alcançava 53,5 para casa 1 mil nascidos vivos. Entre as mulheres mais pobres (com rendimento familiar de até meio salário mínimo per capita), quase metade (49,1%) das mães tinha três ou mais filhos; já entre aquelas com rendimento familiar de mais de dois salários mínimos per capita, essa proporção caía para 21,6%. As diferenças salariais entre homens e mulheres são maiores quanto maior for a taxa de escolaridade da mulher. Em 2004, apenas 3,9% das mulheres ocupadas estavam em cargos de direção, enquanto para os homens a proporção era de 5,5%. No Distrito Federal, a participação feminina em cargos de direção é a maior do país. "A elevada participação feminina no serviço público federal, onde o acesso a cargos de direção se