Desigualdades de genero no Mercado de Trabalho
A Guerra dos Sexos continua...
A mulher tradicional modificou-se, deixou de estar confinada aos cuidados familiares e ao marido. A mulher actual é possuidora de maior autonomia; procura ser ela própria um meio de sustento da sua família e luta por um lugar equivalente ao do homem. Tudo isto deve-se à sua entrada no mercado de trabalho, para a qual contribuíram os seguintes factores: a escassez de mão-de-obra masculina, motivada pela participação dos homens na guerra colonial e nos fluxos emigratórios nos anos 60; as alterações ocorridas no campo das políticas económicas; os apelos ao consumo decorrentes da sociedade fordista; o aumento do nível do custo de vida; a necessidade de reforçar o rendimento do agregado familiar; o aumento do nível de escolaridade das mulheres; e o desenvolvimento do sector terciário.
Embora tenha alcançado grandes feitos, a mulher dos nossos dias enfrenta, ainda, grandes dificuldades. Quando falamos em mercado de trabalho, as desigualdades de género apresentam-se, ainda, muito evidentes. As mesmas demarcam-se quando falamos em termos como segregação ocupacional e discriminação em função do sexo dos indivíduos.
Segregação ocupacional
A segregação ocupacional define-se pelo modo como os homens e as mulheres são distribuídos pelos diferentes tipos de emprego. A verdade é que às mulheres cabe o desempenho de funções onde a força física não seja exigida, onde o poder da sedução possa ser usado, e onde os seus cuidados possam ser aplicados. Posto isto, no mercado de trabalho o desempenho das mulheres é mais evidente nas áreas dos serviços e educação. São elas as professoras, as vendedoras de lojas, as enfermeiras etc.
Trabalho a tempo parcial - a única alternativa para uma mulher mãe!
A mulher de hoje deixou de estar confinada ao seu lar, porém procura acima de tudo a obtenção de um emprego a tempo parcial, de modo a equilibrar as obrigações familiares e do trabalho.