Desigualdade no sus
Este artigo pretende indicar maneiras de melhorar a assistência, diminuir vulnerabilidades, aproximar os profissionais de saúde do grupo estudado e levar ao público, através de sua publicação, os resultados encontrados.
A constituição brasileira define a saúde como um direito fundamental, portanto deve ser garantida a todos os cidadãos. Alguns grupos sociais ainda continuam a receber um tratamento diferenciado, como que se fossem cidadãos com menos direitos que os demais. Nesses grupos podem ser destacados os usuários de drogas, os moradores de rua, homossexuais e as travestis.
Antes o acesso à saúde publica era um privilégio apenas daqueles cidadãos vinculados formalmente no mercado de trabalho. Os demais eram classificados na categoria de indigentes, e quando recebiam atendimento, era como que se fosse uma “caridade”, sendo considerados cidadãos de segunda classe. Com o SUS (Sistema Único de Saúde) a assistência à saúde deve ser universal, integral e igual. Portanto essa discriminação não devia acontecer independente de cor, de orientação e identidade sexual, classes sociais deviam ser tratadas de forma igualitária. A falta de capacitação dos profissionais de saúde na área da sexualidade está preocupante, um exemplo é a dificuldade de se referir as travestis e transexuais pelo pronome feminino, não reconhecendo as transformações para a construção da sua feminilidade.
A pesquisa realizada observa os participantes e o grupo focal com entrevistas informais com as integrantes do estudo e outras travestis que participaram das atividades desenvolvidas na instituição pesquisada; na segunda etapa, foi realizado um grupo focal com travestis que se dispuseram a participar. O local foi a Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul - Igualdade e tinham entre 23 e 57 anos de idade e seu grau de escolaridade variava entre nenhum ano de estudo e o superior incompleto. Com exceção