Gênero e Políticas Públicas de Saúde – construindo respostas para o enfrentamento das desigualdades no âmbito do SUS
Disciplina: Seminários Temáticos
Professora: Maura
Aluna: Regiane Gomes de Oliveira
Resenha Critica
25/03/2014
O artigo: Gênero e Políticas Públicas de Saúde – construindo respostas para o enfrentamento das desigualdades no âmbito do SUS, da autora Dulce Ferraz, trata da inserção da dimensão de gênero nas políticas públicas de saúde, da sua complexidade, argumentando-a como uma necessidade para o enfrentamento das desigualdades, dando ênfase a discussão de três exemplos desta incorporação frente ao Sistema Único de Saúde: o Plano de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e Outras DST, a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem e a Política de Saúde Integral da População LGBT. Consolidada no Brasil desde a Constituição de 88 no Sistema Único de Saúde (SUS) a política de saúde pública têm como objetivo principal a universalização e a equidade no acesso, sendo dever do Estado os serviços e ações de saúde. Mas, para que as necessidades da população sejam correspondidas é necessária uma gestão descentralizada com participação da comunidade em todas as etapas nas implementações dessas políticas. Porém, perante a desigualdade de diferentes ordens na sociedade brasileira percebe-se que o acesso aos bens e serviços de saúde também acabam por se tornarem desiguais entre a população, por isso, busca-se a participação dos diferentes segmentos da sociedade a fim de reconhecer essas desigualdades e criar respostas para minimizá-las, e por fim, implementar a política, de fato, na perspectiva do acesso universal. Dentre as relações sociais que produzem desigualdades, está à dimensão de gênero, por isso a importância do SUS de reconhecer essas desigualdades e tentar respondê-las, para buscar a equidade de gênero. Esta dimensão, na política de saúde, refere-se aos processos de adoecimento, que ao longo dos anos, vem sendo implementado de diferentes formas.