Desigualdade no campo
De acordo com o Censo Demográfico 2010, as crianças e adolescentes brasileiros que vivem nas zonas rurais são as mais afetadas pelas desigualdades que atingem a educação.
Falta de escolas
São vários fatores que contribuem para a esta situação. Um dos principais é a falta de escolas para atender essas crianças.
De acordo com dados de estudo publicado pelo Ipea em 2012, nos últimos anos registrou-se processo acelerado de fechamento de escolas do campo.
Fechamento de escolas
O ritmo de fechamento das escolas do campo tem sido maior do que o da diminuição do número de alunos matriculados na educação básica que residem no campo.
Só entre 2009 e 2010, 3.630 escolas rurais foram fechadas em todo o país.
Entre 2002 a 2010, o meio rural perdeu 27.709 escolas.
Dificuldade de acesso
Outro problema enfrentado pelos alunos do campo é a dificuldade do acesso às escolas. Segundo análise do Ipea feita com base nos dados do Censo Escolar 2010, cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes se deslocam diariamente do campo até as cidades para estudar.
O Censo Escolar 2009 mostrou que 65% dos alunos matriculados em escolas do campo não são atendidos por transporte escolar público.
Cerca de 10% dos estudantes que vivem em zonas rurais levam mais de uma hora para chegar à escola todos os dias.
Precariedade
Além de haver cada vez menos escolas no campo, as que existem apresentam condições precárias de infraestrutura. Em 2010, segundo o estudo do Ipea:
16,5% das escolas do campo não possuíam energia elétrica;
14,8 não tinham cozinha para merenda;
14,1% não possuíam esgoto;
11% não ofereciam banheiros aos alunos.
Professores
Atualmente existem 342.845 professores atuando no campo, sendo que 47% deste total (160.317) não possuem ensino superior.