designers belgas e holandeses
Por volta dos anos 90 o art nouveau belga tornou-se uma força importante, a medida que o arquiteto barão Victor Horta e o designer Henry Van de Velde influenciava desdobramentos do movimento na europa.
Van de Velde (arquiteto, pintor, designer e educador) combinou a gravura japonesa (influenciadora do art nouveau), o art nouveau francês, o movimento arts and crafts inglês e a Escola Glasgow em um novo estilo unificado. Van de Velde abandonou a pintura e passou a se dedicar mais a decoração de interiores, design de livros, encadernação, joalheria e trabalho em metal. Em 1892 escreveu um ensaio importante, “deblaiement d’art” (desobstrução da arte), nesse ensaio pedia por uma nova arte que fosse contemporânea mas que possuísse uma vitalidade das grandes artes decorativas.
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Em uma revista chamada Van nu en straks (de hoje e amanhã) Van de Velde criou artes que beiram a pura abstração, pois as estruturas básicas das letras são transfiguradas por ritmos lineares e dinâmicos. O trabalho de Van de Velde pode ser visto como um esforço sério para o desenvolvimento de novas formas para a época. No design de livros, ele abriu um caminho criativo, desenhando formas lineares dinâmicas que abraçam o espaço circundante e os intervalos entre elas. Seu trabalho evoluiu de formas inspiradas por símbolos e motivos da natureza para padrões rítmicos lineares. Ao aplicar essa abordagem ao design gráfico, Van de velde tornou-se precursor da pintura do século XX, Prenunciando a vinda de Kandinski e a expressão abstrata do século XX. O único cartaz que fez foi para um produto alimentício concentrado, o Tropon, para qual criou rótulos e anúncios em 1899.
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Em vez de comunicar informações sobre o produto ou mostrar pessoas o consumindo-o, Van de Velde envolvia o espectador com formas e cores simbólicas. De 1908, seu projeto para os livros Also Sprach Zarathustra (assim falava Zaratustra) e Ecce Homo, de Friedrich Nietzsche, é