no início do século xx, uma frenética série de espetaculares avanços tecnológicoscausava impacto na sociedade. o motor de combustão interna, o motor elétrico eos rudimentos da telecomunicação permitiram que os fabricantes aspirassem aníveis de eficiência outrora inimagináveis. artigos anteriormente fabricados à mãoagora podiam ser feitos de modo mais rápido e barato pela máquina, solapando opapel do artesanato. a máquina também estava revolucionando o mundodoméstico e, com o advento do rádio, do telefone e da televisão, viria a redefinircomplemente o termo comunicação no lar e no trabalho. a linha de montagemacelerou drasticamente a produção de veículos, tornando o carro a motoracessível a um mercado muito mais amplo. em 1903, os irmãos wright realizaramum sonho acalentado há milênios: num biplano a gasolina, voaram a distância de40 metros. apenas seis anos depois, lours blériot voaria 42 quilômetros em seumonoplano, da frança até a inglaterra pelo canal da mancha. em trinta anos,haveria vôos regulares que cruzariam o mundo levando a bordo quem pudessepagar por eles.apesar de produto da era vitoriana, o movimento de artes e ofícios deixou umaherança que se estendeu ao século xx. a preocupação maior de seus principaispersonagens era o fato de que os fabricantes da "era da máquina" eram movidosmais pela quantidade do que pela qualidade. o designer e teórico mais influentedo movimento foi william morris (1834-96). sua empresa, a morris and co.,produziu uma grande variedade de objetos: mobiliário, vitrais, papéis de parede,tecidos, cerâmica, entre outros. para morris, a arte e o artesanato possuíam omesmo valor, e seus designs utilizavam as habilidades conjuntas de artesãos eartistas. essas obras se caracterizam por suas referências medievais e góticas;morris queria a mão do artesão visível no trabalho, diferenciando-o do objetofeito pela máquina. os móveis robustos e de construção simples deixam expostasas junções; nos objetos de metal, a mão do artesão se evidenciava