Design moderno no brasil

O design moderno e industrial é uma atividade profissional que surge, em meados do séc. XIX, como decorrência das crescentes necessidades ligadas a melhoria da qualidade da cultura material produzida pelas indústrias. Mesmo com o suporte governamental à instauração de Escolas de Artes Industriais, essas com o foco direcionado à estética, foram principalmente os arquitetos que tomavam para si o espaço destinado a essas atividades como complementar as suas. A primeira escola de design industrial do mundo, a Bauhaus é fundada na Alemanha em 1919. Dirigida pelo arquiteto Walter Gropius, a instituição reunia em seu corpo docente artistas e arquitetos. A intenção desta convivência com diversas áreas era formar um profissional com um pensamento de projeto total, integrando os campos de comunicação visual e design de produto. A constituição do Design Moderno e Industrial, no Brasil, pode ser dividida em dois períodos sintéticos. Em um primeiro momento observa-se a prática e desenvolvimento do design de produto por artesãos e arquitetos ‘modernos’, através do mobiliário e interiores. Já no campo das artes gráficas predominava a presença de muitos estrangeiros radicados no país, com carreira anterior na Europa. Esse contexto perdura aproximadamente até o inícios dos anos 50, quando a industrialização e a urbanização crescente propiciam as condições para o segundo momento: a institucionalização classista e de ensino. Mesmo após esse segundo momento, os arquitetos continuaram a ocupar parte do campo profissional de design. Como exemplo desta presença, o principal periódico destinado a atividade, a revista Design e Interiores surge a partir de uma edição comemorativa, como suplemento da revista Projeto, esta dedicada a arquitetura. Já em 1992 a revista lança um número especial intitulado: ‘Design no Brasil: os precursores’, chamando atenção especialmente para nove personagens: Joaquim Tenreiro, Sérgio Rodrigues, Geraldo de Barros, Michel Armoult, José Carlos Bornancini, Karl