Design no Brasil
O design brasileiro, como prática empírica, nasceu junto com a cultura nacional. Sinais de atividades ligadas ao design já aparecem nitidamente no século XIX, embora sem uma estrutura de ensino regular e mesmo sem seu reconhecimento como atividade distinta da arquitetura, da arte e da indústria de objetos utilitários.
Guilherme Cunha Lima considera que Eliseu Visconti, precursor do moderno design brasileiro, foi também pioneiro no ensino dessa atividade em nosso País. Convidado em 1934 por Flexa Ribeiro, à época diretor da Escola Politécnica da Universidade do Rio de Janeiro, Visconti organiza e ministra um curso de extensão universitária em arte decorativa e arte aplicada às indústrias, adotando em seus ensinamentos a orientação de Eugène Grasset, uma das mais destacadas expressões do art-nouveau na França.
Mas a área só começaria a ser tratada como especialidade artística diferenciada a partir da criação do primeiro escritório de design no país, o Forminform, por Alexandre Wollner, Geraldo de Barros, Rubem Martins e Walter Macedo, após a volta de Wollner da Europa em 1958. Sua atividade levaria depois à fundação da primeira escola superior de design, a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) no Rio de Janeiro, em 1963, sendo o marco inicial da profissionalização do design no Brasil.
A primeira entidade de classe apareceu em 1987 no Rio Grande do Sul, a Associação dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul (APDesign). Ela seria seguida pela Associação dos Designers Gráficos (ADG, 1989), a Associação dos Designers de Produto (ADP) e a Associação Brasileira de Empresas de Design (ABEDesign), ambas de 2003. Em 2009 foi criada a ProDesign-PR (Associação para o Design do Paraná).
Apesar do grande crescimento e sofisticação do setor nos últimos anos, com o reconhecimento de sua capacidade de agregar valor nos mercados e oferecer melhor qualidade de vida, o design brasileiro só recentemente tem assimilado a rica contribuição do