Design brasileiro, ele existe?
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Design Brasileiro (existe?). Enquanto os já consagrados berços do design mundial seguem com suas produções, como fica o Brasil em relação à possibilidade de se tornar, assim como na musica, um “fornecedor de originalidade” na área do design, conquistando espaço e se impondo gradativamente como referência de forma definitiva. Qual a real condição para que isto aconteça? Isto é realmente possível? Para entendermos um pouco mais, podemos pensar como se caracterizam alguns dos mais importantes “produtores de design” e onde estamos em relação a eles. O design italiano, exímio na arte do design de luxo e caracterizado pela forte atenção ao aspecto formal (estético) dos objetos, de certa maneira também representa o seu povo, que historicamente, através da arte do artesanato e da indústria, sempre esteve ligado à questão estética. Ainda hoje se observa nos italianos uma atenção especial na maneira de se vestir, e não por acaso, fizeram e fazem historia no campo da moda. Os alemães, caracterizados pela lógica racional, essencial, onde forma segue função e menos é mais. A estética neste caso não é um fim, mas a consequência da função do objeto, características que encontraram um campo fértil na indústria moderna, por assimilar-se a lógica industrial. O alemão é naturalmente um individuo racional, lógico, pratico, preciso. A Holanda, que nunca teve tradição na área, mas que atualmente é referencia mundial no design quando, a partir dos anos 90, com o Droog Design e a Design Academy Eindhoven, popularizou o design conceitual, onde o que importa não è o objeto em si, mas o conceito, a ideia, a historia por trás do objeto. O povo holandês historicamente sempre viveu do comércio e obviamente teve que aprender a lidar com as pessoas, a fazê-las sentirem-se bem, a contar historias e por consequência vender seus produtos. O design holandês conceitual é por vezes irônico, lúdico, engraçado, inesperado enfim, tem sempre algo a nos contar e frequentemente nos faz sorrir. Muito bem, e o