Desertificação
A desertificação é o fenômeno de transformação de terras com potencial produtivo em terras inférteis, através da ação humana ou processo natural. Esse fenômeno ocorre em regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco, destruindo cerca de 60 mil km2 de terras por ano em todo mundo.
O problema da desertificação passou a despertar o interesse da comunidade científica nos anos 30, quando uma série de tempestades de areia varreu o meio oeste dos Estados Unidos, passando pelos estados de Oklahoma, Kansas, Novo México e Colorado, cobrindo cidades inteiras.
O desastre que apelidou a região de “Dust Bowl” (prato de areia), forçou a migração de milhares de pessoas para outros estados, trazendo também problemas sócio-econômicos como o desemprego e a pressão sobre a infra-estrutura das cidades. Aliás esse é um dos vários problemas causados pelo processo de desertificação.
Desde então os cientistas vêm acompanhando esse fenômeno nas áreas onde ocorre o clima semiárido em todo o mundo, principalmente naquelas que apresentam secas periódicas, pois essas áreas se tornam suscetíveis ao processo de desertificação pelas próprias características físicas dos seus solos, que são rasos, ácidos ou salgados, com pouca vegetação.
O problema se agrava ainda mais pelo fato de a maior parte das regiões atingidas pelo processo de desertificação ser de regiões pobres em países subdesenvolvidos, como por exemplo a África, onde na década de 70, no Sahel, sul do Saara, ocorreu uma grande seca, que aliada à fragilização do solo, tornou inviável a agricultura, matando de fome meio milhão de pessoas.
Após essa catástrofe foi realizada em Nairóbi, Quênia, a conferência internacional das Nações Unidas para o combate a desertificação. Nessa conferência criou-se um programa de ação internacional visando implementar ações para combater o processo de desertificação no mundo. Foi elaborado o PACD - Plano de Ação de Combate à Desertificação, com objetivos de âmbito mundial.