Desertificação no Brasil De acordo com a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e meio ambiente, a desertificação é a degradação em áreas áridas, semiáridas e sub-úmidas, provocada pela ação climática e pelo homem. No Brasil, a desertificação atinge mais de 20 milhões de pessoas, em uma área de 18 mil quilômetros quadrados localizada nas regiões de Gilbués, no Piauí; do Seridó, entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba; de Irauçuba, no Ceará; e de Cabrobó, em Pernambuco. Enquanto o Rio Grande do Norte é um dos estados brasileiros mais afetados com o problema: 40% do seu território é desertificado, Gilbués é o maior núcleo de desertificação da América Latina. O processo de desertificação é causado não só por fenômenos naturais, mas também pela ação do homem, que utiliza o solo e a água de maneira inadequada no desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, irrigação e desmatamento sem controle. A forma errada de agricultura ao plantar sempre a mesma coisa, derrubada de árvores para pecuária extensiva (pisoteio excessivo, eliminação de plantas ) e o plantio de culturas como milho, feijão e arroz que exigem muito água, esgotando rapidamente o solo e provocam a troca de terras. O uso intensivo do solo, sem descanso e sem técnicas de conservação, provoca erosão e compromete a produtividade, repercutindo diretamente na situação econômica do agricultor. A cada ano, a colheita diminui, e também a possibilidade de ter reservas de alimento para o período de estiagem. Gradativamente, as terras passam a ficar cada vez mais estéreis, perdendo seus nutrientes e a capacidade de produzir qualquer vegetação, prejudicando todos os animais que precisam dele e o homem, que em muitas áreas as utilizam como forma de subsistência. Assim, diminui a qualidade de vida naquela área e aumenta o abandono de terras, o potencial agrícola é prejudicado, diminuindo a renda do Estado. Para a preservação, é necessário um uso adequado dos recursos do solo,