Desenvolvimento sobre Sartre
Para Sartre, cada um é o próprio Deus, visto que somos naturalmente livres e que nada além de nós mesmos criamos empecilhos, de acordo com o julgamento de cada um somos responsáveis por tudo, principalmente pelo futuro, que dependerá de escolhas feitas no presente, que determinarão nosso futuro. Por isso, deixar de agir não quer dizer que há um fator exterior limitante, e sim que inventamos essas barreiras, acreditamos tanto que acabamos nos convencendo de que realmente há uma limitação.
O conceito de Sartre para liberdade se resume no processo de escolher ou não agir, e não o que irá acontecer depois dessa decisão ser tomada. Não existindo um Deus, não temos valores que nos guiem, nem justificativas para responsabilizar uma decisão tomada.
Sartre trata a liberdade como maldição, visto que ela implica responsabilidade. Temos liberdade plena, o fato de não temos a liberdade de não escolher não a deturpa, visto que a mesma sequer existe. A liberdade é inerente à estrutura psíquica de cada ser e é subordinada a do outro, já que sociedade significa conviver em um público. Dependemos de escolhas já tomadas para decidirmos algo, baseado no que já foi decidido. A grande questão é como não ultrapassar o limite e invadir o espaço do outro. Liberdade não é fazer tudo o que é fisicamente possível, como matar, roubar ou causar qualquer dano. Não se pode tomar decisões ou agir se essa ação implica dano ao outro. O conceito de liberdade não implica obrigar ou proibir o outro de fazer o que ele quiser. Nietzsche, famoso filósofo dizia que a liberdade não é mais que a aceitação consciente de um destino necessitante. O homem libertado de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer e estar apto para se exprimir a vida, em todos os seus atos - era este não apenas o ideal apontado por Nietzsche para o futuro, mas a realidade que ele mesmo tentava personificar e na concepção