Liberdade: Jean Paul Sartre

Introdução

Nesse trabalho pretendo discutir a questão da liberdade, que é tão complexa em nossa humanidade. A liberdade tem sido pauta de muitas discussões e guerras, através dos séculos, durante o processo histórico da humanidade. A liberdade tem sido considerada tão preciosa, através dos tempos, que centenas de milhares de pessoas morreram, de bom grado, em nome da mesma.
Explorando o conceito de liberdade, encontramos no dicionário Michaelis, a seguinte definição: é a isenção de restrição externa ou coação moral ou condição do ser que não vive em cativeiro. Essa visão de liberdade, também, se encontra na compreensão de livre-arbítrio, que significa, agir como se quer.
No Dicionário Aurélio, liberdade é a faculdade de cada um se decidir ou agir, segundo sua própria determinação; nessa compreensão podemos observar uma conotação de eleição, ou seja, agir dentro das possibilidades, das determinações.
Na historia do pensamento ocidental, há ao menos quatro grandes dicotomias. Sartre pretende superá-las. A importância do pensamento de Sartre consiste em ter procurado unificar esses elementos, aparentemente antagônicos, mediante o método fenomenológico, método que utiliza para construir uma ontologia, ou seja, o esclarecimento da relação entre consciência e mundo, o que cumpre a tarefa da ontologia, já que não há nenhum ser em-si para incluir ou transcendê-los. O pensamento de Sartre reflete a angústia da responsabilidade humana por aquele que não admite nenhum guia no exercício dessa responsabilidade. Dentro dessa necessidade que levou a agir face ao mundo e as situações que o mundo nos oferece e nos impõe, Sartre se transforma de escritor psicológico e moral em analista político e social.
O pensamento sartreano é uma redução ao absurdo e uma purificação que acabam com todas as desculpas que os homens costumam inventar para viver covardemente sem enfrentar a realidade, ou engajar-se nela, é experiência vivida de uma gratuidade total do mundo e de si