Liberdade Humana e Deus no Pensamento Existencial de Jean – Paul Sartre
Autor: Frederico Pieper Pires
O autor Frederico Pires, apresenta os objetivos do texto, ressaltando, primeiramente, a importância de se reavaliar a obra do filósofo Jean–Paul Sartre acerca da liberdade humana, elogia as contribuições das questões levantadas por Sartre para o estudo da filosofia. E propõe uma analise entre na relação entre Deus e Liberdade, embasado na filosofia sartreana.
O aspecto condicional para o ateísmo é a negação de determinada concepção de Deus e a teoria do existencialismo de Sartre é fundada no ateísmo. Para descobrir que Deus é negado por Sartre é preciso considerar que em sua compreensão ser humano é ser livre e ser fundador, então, o Deus negado por Sartre seria este Deus, fundador, pois este Deus nega a liberdade dos homens. Segundo o autor: “Da forma como entende (Sartre) a liberdade, o Deus cristão que é amor e providencia não podem conviver existir se o ser humano é livre” (p 10).
Segundo Sartre, não há nada que pré-determine o ser humano, cabe somente ao homem se fundar, e por isso a existência precede a essência.
Para que haja consciência, é necessário que esta, não seja a consciência dela própria, mas sim a consciência de algo. Define a consciência como um movimento ininterrupto do homem (em si) ao objeto (para si). Segundo ele, ser humano é ser no mundo, isto é, o homem funda o mundo no momento em que volta a ele, sua consciência.
O Em si é fundado em si mesmo, definido como portador de plena positividade, estado de perfeição, o qual o “nada” não pode frequentar.
O em si nadifica o nada por que o nada só pode ser nadificado sob um fundo de ser. “o nada se manifesta no mundo por meio daquele que pergunta pelo nada de seu próprio ser, o em si (ser humano)”. (p 12). E o homem só tem a possibilidade de produzir o nada por que ele possui liberdade,
Para Sartre, a existência precede a essência por que ser humano não é algo