Desenvolvimento motor
O saltar resulta da velocidade de extensão das pernas juntamente com movimentos dos braços (Cratty, 1986). Esta atividade pode ser influenciada por vários fatores quer morfológicos, quer ambientais (e.g. obesidade). As raparigas obtêm melhor performance nesta habilidade motora até cerca dos sete anos, idade em que a melhor performance se inverte nos géneros. A maturação desta tarefa motora é observável por volta dos cinco anos.
No estado rudimentar do salto o movimento é bastante limitado, sendo que os braços não participam ativamente na iniciação do movimento. De seguida, no período de voo, os braços possuem movimentos apenas para manter o equilíbrio. Já o tronco mantém-se na vertical, tendo portanto o salto pouco comprimento. Assim, o movimento preparatório é pouco consistente na flexão das pernas, sendo difícil usar ambos os pés na impulsão. Durante a receção o peso do corpo desloca-se para trás (Gallahue & Ozmund, 2005).
Finalmente no estado maturo, os braços vão mover-se para cima e para trás durante o movimento preparatório, sendo que no impulso os braços sobem com a velocidade, mantendo esse nível durante o salto. Ao nível do tronco, vai haver inclinação de 45º na saída do solo. Nesta fase é possível atingir uma maior distância horizontal, também devido a um movimento preparatório de grande amplitude e consistência. No membro inferior vai haver uma extensão completa dos tornozelos, joelhos e bacia durante a impulsão. Já as coxas vão se manter paralelas ao solo na fase de voo com as pernas a pender para a vertical. No que diz respeito ao peso, este transpõe-se para a frente na receção (Gallahue & Ozmun, 2005).
Para Cratty (1986), a força contribui para a realização de grande parte das atividades físicas como saltos e lançamentos. Ainda acrescenta que quanto maior idade as crianças tiveram, maior será a sua capacidade de produção de força. Esta capacidade de produção de