Democracia ou reformas - argelina figueiredo

MENDES, R e DIAS, E.C Da Medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública, São Paulo, pag 341 - 349, 1991
Este trabalho trata-se de um artigo sobre a evolução dos conceitos e práticas que vai da medicina do trabalho, à saúde do trabalhador e a medicina ocupacional, o autor pontua a falta do distanciamento histórico e de métodos na abordagem ao tema e se refere a este estudo como um ensaio em fase construção, ou seja, um artigo de revisão, fundamentado a partir de investigação documental sem cunho científico, com base na dialética acadêmica, busca como ponto de partida responder alguns questionamentos básicos da origem e evolução da medicina do trabalho para saúde ocupacional e a insuficiência deste modelo e o contexto que surge a saúde do trabalhador e suas principais características.
O autor destaca as principais características da medicina do trabalho, enquanto campo da medicina que surge na Inglaterra na metade do século XIX, no cenário da revolução industrial e explica sua origem no capitalismo, com base na visão marxista, que veio fomentar a luta entre as classes operária e donos dos meios de produção, contra o desgaste físico gerado pela exploração da força de trabalho no processo de produção e manutenção do capital e usa o exemplo do proprietário de uma fabrica têxtil que dispôs de seu médico particular para cuidar da saúde de seus operários, para reforçar a ideia de que o papel do médico, não tinha relação com o trabalho, pois, tratava-se de áreas diferentes, o trabalho e a saúde, o médico tinha função preventiva, nesse sentido os trabalhadores que apresentassem doenças durante execução do seu trabalho não caberia ao empregador ser responsabilizado, pois, sua defesa estava na ação preventiva do médico que consequentemente era o responsabilizado, surgindo a partir deste modelo, em 1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho voltado para atender as expectativas do capital, atuando sobre quatro aspectos: 1)