Desenvolvimento histórico
1) O inglês Francis Bacon (1561-1626) funda o método indutivo (=do particular para o geral) de investigação científica. O lema saber é poder indica o objetivo da ciência moderna: colocar as forças da natureza a serviço do homem. Para chegar a conhecimentos úteis é preciso criticar preconceitos e erros (os ídolos), frutos de cultura diferente, linguagem não exata, ou subserviência à tradição. O novo método se fundamenta na observação dos fenômenos para descobrir suas causas, através das tábuas de presença (= os casos em que aparece o fenômeno), de ausência (os casos em que o fenômeno não se verifica) e dos graus (= os casos em que o fenômeno variou com graus de intensidade diferente). Exemplo: observar o fenômeno da “cirrose hepática”. Depois da observação de muitos casos particulares, formula-se uma hipótese de explicação que, se comprovada, transforma-se em lei do fenômeno analisado.
2) O italiano Galileu Galilei (1564-1642) também critica o peso da autoridade do passado, seja no campo filosófico, como no religioso. Contesta os falsos seguidores de Aristóteles, pois este tinha afirmado o princípio da experiência; e critica uma interpretação da Bíblia apenas literal. Afirma que Deus se manifesta seja no livro da Bíblia (para as verdades religiosas), seja no livro da natureza (para descobrir as leis da natureza). Para Galileu, o livro da natureza está escrito em linguagem matemática (triângulos, círculos e outras figuras geométricas). Assim, ele indica como meta da pesquisa científica a descoberta das “quantidades” que se encontram no fenômeno: figura, lugar, tempo e movimento. Dessa maneira, para estabelecer a lei da queda dos corpos, mede o espaço e o tempo que um corpo usa para percorrer um plano inclinado e registra o resultado da observação numa fórmula