Desenvolvimento de atitudes e comportamentos nas crianças
A birra é uma das formas normais que a criança tem de manifestar a frustração que sente: * Pelas contrariedades apresentadas pelos pais/educadores, * Pelas suas próprias limitações físicas, * Pela sua dificuldade em se expressar verbalmente, * Por não entenderem as explicações e/ou não as aceitarem, * Porque querem que as suas vontades se cumpram imediatamente, * Porque quando não conseguem algo sentem um grande desgosto.
O que fazer?
Antes: prevenir deve evitar-se o cansaço ou uma super estimulação, parando as actividades antes que isso aconteça. Durante: tentar não perder a calma, ter-se consciência de que é uma situação normal, embora incomoda. O adulto deverá ser um bom modelo de auto controlo. Não é preciso bater, castigar ou fazer troça.
Também não se deve ceder quando a birra é fruto de uma proibição que os educadores consideram completamente justificada. Depois: depois do “berreiro” a criança precisa de confirmar que os educadores, apesar de tudo, continuam a gostar dela e aproxima-se em busca de afecto. É importante que estes lhe peguem ao colo, sem fazer comentários sobre a birra e apreciem a calma e a possibilidade de diálogo.
Ter disponível um lugar sem distracções, mas sem ser escuro nem desagradável. Avisar de antemão quais os comportamentos não desejados (bater, insultar) que irão provocar o isolamento. Levar a criança ao lugar com firmeza, mas sem se alterar e
explicando-lhe claramente o motivo, sem ceder. Respeitar escrupulosamente o tempo de isolamento, que não deve ser muito (bastam alguns minutos).
A técnica do isolamento é benéfica para que a criança se acalme e os pais consigam que os filhos não reajam constantemente com birras. É importante que a criança compreenda por que razão os pais/educadores estão aborrecidos