desenvolvimento ambiental
Eduardo Tavares é ambientalista do Instituto Hóu para a Cidadania, e representante das entidades civis ambientalistas (através do Movimento Verde de Paracatu - Mover) na Câmara de Atividades de Infra-Estrutura do Conselho Estadual de Política Ambiental (MG).
O conceito de Desenvolvimento Ambiental deve ser visto como uma forma de equilíbrio entre as atividades produtivas industriais ou outras e o ambiente onde se produz e que se atua, comercialmente. Exemplo: Se vendo/produzo em meu estabelecimento, carne mal processada ou de origem duvidosa, respondo pela saúde dos meus clientes/consumidores e, pior, ainda responsabilizo, solidariamente, o comerciante que intermediou o produto. Com todo o respeito que merecem, o exemplo é apenas ilustrativo e aleatório. Podemos buscar nas mais diversas atividades o mesmo exemplo: automóveis, tintas, brinquedos, “comida orgânica”, transgênicos etc. Contudo, mesmo na validade dos argumentos, chamaria a atenção para um modelo que utilizamos e temos tão pouca informação e nenhuma responsabilidade pública: a ENERGIA ELÉTRICA.
Recentemente foi publicado pela BP, britânica, relatório com a evolução de produção e consumo de energia elétrica no mundo. O Brasil lá estava em nono lugar, com um aumento de consumo de 3,86%, nos dois últimos anos.
No processo de licenciamento ambiental, assistimos vários projetos de Pequenas Centrais Hidroelétricas e Usinas Hidroelétricas (PCHs e UHEs, respectivamente), para o fornecimento de energia elétrica, leiloada pela agência nacional regulamentadora, Aneel. Estes leilões possibilitam à iniciativa privada empreender, sozinha ou em parcerias, as geradoras de energia. Pergunta-se: - Temos um PLANO, ou existe um PLANEJAMENTO nacional para a racionalização da geração, transmissão e distribuição dessa energia? Se há, qual? Por que tantas falácias e sofismas para justificar a falta de visualização de um modelo energético para o Brasil,