desenho e emancipação
Da apostila “Desenho industrial e Comunicação Visual”
O problema do desenho tem muito a ver com a nossa emancipação política. Ele se confunde com o desígnio de forjarmos na cultura humanista.
Bem sabemos que a palavra "desenho" tem, originariamente, um compromisso com a palavra "desígnio". Ambas se identificavam. Na medida em que restabelecermos, efetivamente, os vínculos entre as duas palavras, estaremos também recuperando a capacidade de influir no rumo do nosso viver. Assim, o desenho se aproximara da noção de Projeto, de uma espécie de lançar-se para frente, incessantemente, movido por uma "preocupação". Essa "preocupação" compartilharia da consciência da necessidade. Desde que se considere a preocupação como resultante de dimensões históricas e sociais, ela transforma o projeto em “projeto social”.
Vale dizer que através do desenho podemos identificar o projeto social. E com ele encontraremos a linguagem adequada para conduzir a emancipação humana.
Acresce ainda que o desenho, como palavra, conheceu transformações reais e efetivas, dentro das condições gerais da história, das condições enfim que direcionaram o trabalho dentro de determinadas relações de produção. Assim, por exemplo, verificaremos que a palavra ''design'', significa entre os povos da língua inglesa, muito mais, projeto. Porém, essa noção de projeto nem sempre correspondeu à totalidade das preocupações humanísticas. "Design" permanece graças a um projeto social ligado às transformações do viver dentro da assim chamada Revolução Industrial.
Sabemos que os ingleses têm outras palavras para designar desenho e desenhar, como "draw”, "drawing" e "draft". Pensamos considerar indispensável aprofundar esses aspectos Para verificarmos as transformações da palavra no plano real de sim eficiência social e sua significação histórica. Conviria notar, por exemplo, em estudo mais aprofundado, a contribuição latina, mais erudita, e a anglo-saxônica, marcada pelos aspectos