A INDEPEND NCIA OU EMANCIPA O ESPANHOLA
Eduardo Brito1
No início do século XIX a América espanhola, inspirada nos ideais liberais do Iluminismo, travou sua guerra de independência/emancipação vitoriosa contra colonialismo espanhol para, em seguida, fragmentar-se em um grande número de jovens repúblicas oprimidas por vários outros fatores.
O fim do Antigo Regime nas últimas décadas do século XVIII foi consequência das transformações ideológicas, econômicas e políticas produzidas pelo Iluminismo, pela Revolução Industrial, pela independência dos Estados Unidos e pela Revolução Francesa. Estes acontecimentos, que se condicionaram e se influenciaram reciprocamente, desempenharam um papel decisivo no processo de independência/ emancipação da América espanhola, por outro lado há referência de um enfraquecimento do império espanhol dentro da conjuntura mundial vigente, reverberando nesses movimentos no século XIX de emancipação de causas externas e independência de origens internas. As elites da América colonial encontraram na filosofia iluminista o embasamento ideológico para seus ideais autonomistas. A luta pela liberdade política encontrava sua justificativa no direito dos povos oprimidos à rebelião contra os governos tirânicos e á luta pela liberdade econômica na substituição do monopólio comercial pelo regime de livre concorrência.
Segundo algumas interpretações surgem discordâncias sobre emancipação e independência da política da América. Segundo José Luiz Romero historiador argentino, busca inferir na história da América uma influência da formação das cidades, das mentalidades burguesa uma base para avaliar e entender como esse processo sendo uma passagem e transformação das cidades fidalgas para cidades crioulas burguesas. Romero analisa a mudança de mentalidade nas cidades barrocas, fortemente marcada pela figura do colonizador e outra a mentalidade burguesa que tem origens nos pensamentos liberais e iluministas. Enquanto o pensamento fidalgo é pautado