Descoberta do Oxigênio
Antoine Lavoisier
Lavoisier não descobriu exatamente o oxigênio. Este gás foi descoberto independentemente por dois químicos: Carl Wilhelm Scheele em 1772 e Joseph Priestley em 1774. Em outubro de 1774, Priestley visitou Paris e conversou com Lavoisier sobre as suas experiências. Este fato permitiu a Lavoisier refazer as experiências de Priestley e reformulá-las. Dessa forma, Lavoisier compreendeu melhor as características do novo gás e ainda confirmou que a combustão e a calcinação correspondem à combinação do oxigênio com outros materiais (materiais orgânicos na combustão e metais na calcinação).
Lavoisier deu ao novo gás o nome de oxigênio ("produtor de ácidos" em grego), porque considerava (erroneamente) que todas as substâncias originadas de uma calcinação originavam ácidos, em que o oxigênio se encontrava obrigatoriamente presente. Em 1789, ele formulou o princípio da conservação da matéria (Lei de Lavoisier).
Carl Wilhelm Scheele
Quem primeiro conseguiu separar e isolar uma amostra do gás que hoje chamamos de OXIGÊNIO foi o farmacêutico sueco Carl Wilhelm Scheele. Seu experimento, realizado em 1773, consistiu em aquecer uma amostra do "mercúrio calcinado", um pó avermelhado hoje conhecido como Óxido de Mercúrio (HgO). Fazendo isso com o pó encerrado em uma campânula fechada, ele observou que o ar dentro da campânula mudava suas características normais. Uma dessas mudanças mais evidentes era que, na presença desse ar modificado, a chama de uma vela ficava bem mais intensa que o normal. Por essa razão, Scheele chamou esse gás de "ar de fogo". Hoje, sabemos que esse "ar de fogo" é simplesmente o Oxigênio. Scheele não sabia, mas o aquecimento do Óxido de Mercúrio estava liberando um dos componentes do pó, o gás Oxigênio. Infelizmente, Scheele não conseguiu publicar imediatamente seus resultados e esse trabalho ficou esquecido por muitos anos. Para complicar um pouco a coisa toda, Scheele, que trabalhava isolado em sua farmácia