Descartes, metafisica da modernidade
Desde a antiguidade, o homem usa os mitos e as lendas para poder explicar o desconhecido, essas “falsas” histórias serviam para manter viva a cultura de um povo,propagando a tradição para as gerações futuras, antes, esses contos eram passados oralmente, por isso, sofriam muitas variações. Havia sempre alguém que acrescentasse ou cortasse alguma coisa, mas através desse processo, ainda existe, em pleno século XXI, histórias milenares que conseguiram sobreviver ao tempo, mostrando que o homem é capaz de pensar e de guardar na memória tudo aquilo que foi pensado.
Com a invenção da escrita, obra também da imaginação humana, pôde-se deixar registrado toda espécie de pensamento humano, fato este que nos permite compreender, de certa forma, como pensavam os nossos ancestrais.
O objetivo desse artigo é fazer uma breve reflexão sobre um dos maiores atributos do corpo humano: o pensamento, sem o qual nada do que existe ou sabemos seria possível, para isso, tomaremos como base, os argumentos de um dos maiores filósofos franceses da Modernidade, René Descartes, que dizia ser o pensamento, uma coisa da qual não podemos duvidar, que nos pertence e não pode ser separado de nós.
DESENVOLVIMENTO
Em seu livro, Meditações Metafísicas, Descartes tem como objetivo desvencilhar-se das várias opiniões que recebera desde os seus primeiros anos, opiniões estas que pudesse ser classificadas como certa e indubitável, para isso, ele inicia suas meditações colocando todas as coisas em dúvida, na realidade, ele tenta, todavia não é tarefa fácil olhar como falso, algo que até o momento tínhamos como verdadeiros, disse, “o menor motivo de dúvida que eu nela encontrar, bastará para me levar a rejeitar todas”. Para levar adiante suas meditações, Descartes tenta fazer com que surja em si uma dúvida hiperbólica, exagerada e radical, assim, ele utiliza três argumentos que deveriam ser analisados minuciosamente , para que pudesse adquirir uma certeza, o primeiro argumento