Com o advento da globalização, percebem-se enormes mudanças, não só no campo tecnológico, como também nas relações humanas. Ocorre a transformação dos modelos de projeção social, com grande flexibilização do trabalho, o que implica na consolidação de novas perspectivas sobre a orientação. Dessa forma, fazem-se necessárias outras técnicas e parâmetros para proporcionar um auxílio mais efetivo no aconselhamento. Já não se pode encarar a orientação como a relação de ajuda para tomar decisões na vida profissional. Trata-se de um processo de construção conjunta, para a descoberta de novas possibilidades na vida do indivíduo, pois ao passo que no momento atual se consegue construir e consolidar carreiras, também é aumentada a precariedade de uma classe social abastada. A vida e o desenvolvimento daqueles que já nascem em condições precárias é dificultada pela liquidez das relações interpessoais e pela sua falta de recursos em todas as esferas, como capital econômico, tato social e cultura. Um dos desafios de orientação na sociedade moderna é a necessidade de ser “socialmente visível” em tamanha transição, visto que o jogo de egos e motivações podem influenciar diretamente nos resultados almejados por tais indivíduos – hoje é necessário se sentir pertencente a um grupo. Seguindo esse pressuposto, a base do conceito de orientação atual, é o manejo da construção de um ser individual dinâmico, capaz de captar informações, analisá-las e agir de forma eficiente. Visando sempre abrir um questionamento sobre as consequências que todas as suas relações e atitudes irão trazer a ele mesmo, e aos outros indivíduos.