Desafio de aprendizagem - 2º semestre
Todos os grupos kayapó autodenominam-se mebengokré, ou seja, “gente do buraco d´água” ou “gente da água grande”, referindo-se aos rios Tocantins e Araguaia, cuja travessia foi supostamente a separação do grupo ancestral. As tradições orais kayapó remetem à diferenciação dos povos Jê como tendo ocorrido na área entre os rios Araguaia e Tocantins, no atual estado do Tocantins. Segundo o mito, os ancestrais dos Jê viviam juntos como um só grupo nessa área até descobrirem uma grande árvore de milho, mas, à medida que recolhiam as sementes, começaram a falar línguas diferentes e se separaram nos diversos grupos jê atuais.
Além da autodenominação mebengokré, cada grupo possui um nome próprio de algum líder ou localização de aldeia. Os Xikrin costumavam denominar-se Put Karôt, tendo o nome Xikrin surgido do modo como outro grupo kayapó, os Irã-ã-mray-re, hoje extintos, os chamavam. É interessante notar que os Xikrin que vivem na região do rio Bacajá reconhecem o grupo que vive na região do rio Catete como Put Karôt, mas não a si mesmos.
Os demais Kayapó se referiam aos Xikrin como Djore, nome de um outro grupo extinto que vivia às margens do Rio vermelho, afluente do Itacaiúnas. Na literatura mais antiga os Xikrin são referidos coLocalização
Os Xikrin vivem nas Terras Indígenas Cateté e Trincheira Bacajá no estado do Pará.
A área dos Xikrin do Cateté é banhada pelos rios Itacaiúnas e